terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A minha vida (Parte I)

Acoredei com uma enorme vontade de escrever. Mas comecei a pensar sobre o que vinha escrever. Foi então que decidi escrever sobre mim e os meus amigos.
Tenho agora 20 anos, mas quando olho para trás parece que foi ontem que tudo começou.
Após seis anos de espera, apareço neste mundo. A minha chegada era bastante desejada. E foi aqui que tudo começou...
Foi criada até aos três anos com os meus avós maternos os meus avós paternos viviam fora de Portugal. Lembro tão bem daquela chupeta feita com açucar que a minha avó me dava antes de eu ir dormir. Aquela massa feita de farinha e água que eu amassava nos meus tempos livres. Os desenhos animados que me entretitam por poucos minutos. As corridas atrás dos gatos desvairados. Enrolar-me em tecidos para fazer belos vestidos, calçar os sapatos de salto alto, pintar a minha cara, pôr o chapéu enorme na cabeça. E depois brincava ás dona de casa como se fosse uma senhorita crescida. E por fim chegava a altura do dia pela qual eu mais ansiava: a hora que os meus pais me vinham buscar.
Os meus avós paternos vinham-nos vesitar no Natal e nas férias grandes, e traziam sempre muitos chocolates e roupa e brinquedos. Era a loucura total!
Esta foi a minha vida durante três anos. Após estes anos a minha dá-me a notícia que outro elemento da família estaria para chegar. Onze dias antes de eu completar os três anos, nasce o meu irmão.Como era de esperar a sua cheaga não foi bem vista, da minha parte. Aqui começaram os conflitos. E porque os meus pais gostavam mais dele do que de mim. E porque as atenções eram todas para ele. E por aí.
Eu dormia com os meus pais, porque tinha medo de dormir sozinha. Quando meu irmao nasce também dormia comigo e com a minha mãe. O nosso nós, literalmente, enxutamos o pai para o meu quarto. Dormi com a minha mae até aos 6 anos. O meu irmao prolongou-se mais um bocadinho, doi mais ou menos ate aos 8 anos. Também me lembro que no quarto que hoje pertence ao meu irmão era a sala de música do meu pai e eu ia para lá dançar a lambada.
Então antes de fazer quatro anos, e como a minha avó não podia ter dois reguilas ao seu encargo, a minha mae inseriu-me num jardim de infância. Foi um trauma para mim.
Estava habituada a ser o centro das atenções, fazer tudo o que me apetecia, ter tudo o que queria e ás horas que fosse.
Andei três meses num colegio em que todos os dia me levantava as 7h a minha mae ia-me por a casa da minha tia e esta ia-me levar á camioneta. Na camioneta ia uma rapariga à qual a minha mãe lhe pediu que tomasse conta de mim. As únicas memórias que tenho deste sitiu é que os beliches eram enorme e eu ficava sempre no andar de cima, havia um baloiço com cavalinhos logo á entrada e os acessórios de refeição (pratos, copos e talheres) eram super coloridos.
Entretanto abre um infântário junto do serviço da minha mãe. Ia com ela de manha, dormitava durante um tempito na sala de reuniões e depois ela ia-me levar á creche. Tornei-me um 'terrorista'. Tudo o que eu levava, que era suposto partilhar com os outros, arrecadava tudo para mim. Nunca tive jeito para o desenho nem para o teatro. Uma vez fizemos uma peça de teatro, 'Ansel e Gretel', e foi-me entregue o papel da pobre rapariga. Chegaram á conclusao que mais valia eu ficar sentada a ouvir a história do que ir representar. Nessa altura também tinha natação - aguardava ansisamente os dias de natação. Parecia um seria dentro de água, não tinha medo nenhum, nem nunca sentia o perigo, mesmo depois de um miudo me ter tentado afogar. Neste infêntário também tinha ballet - mais um dia que esperava muito ansiosa. Adora as aulas de ballet, era qualquer coisa de extraordinário. E ouve uma festa, a mesma em que deveria ter ido representar, em que apresentámos a coreografia ensaiada no ballet. E fiquei revoltada um tempo antes, porque por falta de rapazes, eu tive de fazer de rapaz nesta festa. As raparigas com aquelas saias lindas feitas ás fitinhas de cor e com um laço na cabeça e eu com um papilon e uma 'cinta' de toureiro, tudo em tons de azul turquesa.
E este colégio tinha uma coisa que eu detesteza, a hora de dormir. Quando chegava a essa hora até as minhas pernas se tremiam de ódio, faltava a minha xuxa de açucar. O meu irmão teve mais sorte, porque chegava a esta hora e a minha mae ia busca-lo, ou entao ficava com a educadora. Ou seja, nunca dormia!
Depois da cesta iamos para a sala fazer desenhos e em seguida iamos para a sala grande ver filmes á espera que os nossos pais nos viessem buscar. Enquanto esperavamos la vinha o pao com menteiga ou marmelada. Mas poucas sao as recordaçoes deste tempo. Havia baloiços no jardim, uma casa de madeira e nos recreios jogavamos aos três porquinhos e o lobo mau.
Netse ano fui na minha primeira visita de estudo, fomos ver os dinaussauros e mais qualquer coisa que nao me lembro. A creche tinha uma pequena piscina, cada sala correspondia a uma idade, tinha um tunél, as louças das casas de banho era super pequeninas, tinha uma escova de dentes vermelha e um copo cor de rosa e adorava comer pasta de dentes. A pasta de dentes era azul, tinha umas estrelinhas e era doce. Usava um bibe cor de rosa, que eu detesteva, e tinha o meu nome bordado no bolso esquerdo. Foi neste ano que ganhei varicela e fiquei cheia de pintinhas pelo meu corpo todo. Ouve uma vez que distruí um castelo a uma amiga minha, outra vez bati noutra e expulsei ada casa de madeira...e das duas vezes fiquei de castigo.
Tenho um album com fotos minhas e dos meus colegas e desenhos feitos por nós.
Os meus aniversários eram sempre com a familia toda (mas mesmo toda) e amigos. O meu bolo era sempre com bonecos, masfalda, snopi sao os unicos que tenho recordaçao. Havia sempre montes de serpentinas e baloes e pratos de papel, com bonecada, colados na parede. E, lembrar-me assim de tanta multidao, lembro-me também do natal. Tudo em minha casa, uma confusao de prendas, a arvore de natal toda linda. E por incrivel que pareça o barulho é algo que esta presente constantemente na minha cabeça.
As ferias grandes que sao aqueles três meses eram passados em casa da minha avó, durante um tempo sozinha, depois tinha a companhia do meu irmao. Durante estes meses a minha avó ficava com os cabelos em pé. Ouve uma vez que eu caí das escadas abaixo porque ia a correr atras de uma boneca que chiava. E ouve outra vez que foi a minha avó que caiu com o meu irmao das escadas abaixo. Felizmente, em nenhuma das vezes ninguem se magouo.
Acabou-se o bem-bom. Completei a idade de entrar para a primária. No ano em que entrei para a primária entra o meu irmao para o infantário e os meus avós paternos regrssaram, defenitivamente, para cá. Os meus anos na primária foram mais ou menos agradávei. O primeiro ano de escolaridade é como se fosse uma ambientação. Sempre que alguem fazia anos levava um bolo, bebidas e rebuçados que ficavam colados nos dentes. Faziamos jogos, ensaivamos actividades para o Natal, Carnaval, Páscoa, Dia do Pai e da Mãe, Dia da Criança, Dia da Árvore etc. As nossa brincadeiras no recreio era com as barbies, ao power ranger, as casamentos, pronto aquelas brincadeiras tipicas de criança. Fiz as minhas amiguinhas, nunca me dei bem com rapazes á exepçao daquele que supostamente era o meu 'marido'. Com a entrada para a escola primária começaram também as idas á catequese.
A minha vida em casa era super normal. Durante a semana as actividades escolares e ao fim de semana eram os passeios ate casa de familiares ou para localizaçoes proximas da minha cidade. Por vezes iamos ver o mar, buscar água salgada para os peixinhos do meu aquário. E como o meu irmão é asmático, fazia-lhe bem apanhar o ar puro da marezia. Como ele era assim doente, mais tarde percebi porque é que os meus pais tinham mais cuidado com ele. Haviam noites que os meus pais saiam com ele para o hospital porque nao conseguia respirar. Hoje em dia, e desde á muitos anos para cá, não voltou a ter assim nenhuma crise dessas tão grave. Mas teve uma á uns três meses, no dia de anos dele, que nem lhe cantamos os parabéns porque ficou retido nas urgências.
Continuando. Como os meus avós regressaram, as nossas férias grandes passaram a ser em casa. Onde tinhamos um quarto de brinquedos que era a antiga carpintaria do meu avó. O meu avó fez uma mobília para o meu irmao e eu comprei a minha. No dia em que a foi escolher, os meus pais levaram-me a uma loja de móveis e eu mal vi aquela nao quis outra coisa. Saltei logo para cima da cama e disse é esta que eu quero. Era amarela, tinha dois guarda fatos e tinha uma escrivaninha. A minha mae comprou-me uns cortinados amarelos transparentes e uma caminha para pôr numa mesinha redonda que o meu avó me fez. A minha cama tinha um edredon amarelo com umas casinhas e tinha uns tapetes ás riscas. O meus quarto tinha um pepel de parede com uns ursinhos. Que foi arrancado mais tarde para ser pintado de branco. E assim foi o meu qurto durante 8 anos. Lembro-me que também arrancamos a alcatifa de casa e pusemos azuleijo. Porque existiam acaros e o meu irmao sentia-se mal. E na altura que fizemos esta mudança os guada vestidos ficaram juntos numa sala, as camas foram para outra divisao. E um dia, ainda com as obras, o meu iramao decidiu brincar ao pé dos guarda vestidos e então caiu-lhe um em cima. E eu como tava por perto e para salvar o meu irmão, coloquei-me debaixo do guarda fatos, pedi ao meu irmao que saisse e que fosse chamar alguem. Acabei por apanhar com as culpas por andar em locais proibidos.
Bem, retumando as aulas. As férias de verão acabam lá ia eu para a escola. O meu pequeno almoço era sempre uma taça de flocos que tinha uma tartaruga na embalagem. E eu achava que aqueles flocos davam muita força entao achava-me poderosa. No segundo ano de escola tive um conflito com o meu professor. Eu estava a desenhar e ele apanhou-me e colocou-me de castigo virada contra a parece. Uns minutos depois mandou-me para o meu lugar e eu voltei a desenhar e voltei aser apanhada. Voltou-me a pôr de castigo sentada no meio da sala a dizer a tabuada. E eu , revoltada com aquela humilhaçao gritei algo do genero: você nao manda em mim. quem manda em mim é a minha mae. Eu nao volto a pôs cá mais os pés e vou chamar a polícia. O professor nao ficou muito contente com o sucedido e pediu-me desculpas. Este mesmo professor no ano seguinte queria-me reprovar (mas nao o fez) mas dise ao meus pais uma coisa que nunca entendi: que eu era uma flor a desabruxar! (enfim...)
Escola primária igual a vacinação em dia. Como devem imaginar era a coisa que mais destestava, e ainda detesto. Eu fazia um berreiro enorme no centro de saude. Corria pelos corredores a chorar. Insultava os enfermeiros e acabava sempre por levar a vacina...
As horas de almoço neste tempo eram do tipo a minha avo vinha a pe de casa até á escola (garanto-vos que nao é nada perto), trazia o comer num terno e eu almoçava. Depois passei a ir almoçar a casa e no último ano naquela escola que já la tinha o meu irmão, passamos a almoçar lá.
As aulas acabavam ás três hora e depois tinhamos o ATL. Um sitiu para fazer os TPC e depois brincadeira. Normalmente, era sempre de brincadeira e nunca de fazer os nossos deveres.
Nesta escola faziamos as festas de Natal e eu lembro-me de duas. Uma em que dançei a par uma musica e ressitei um poema. E outra em que fiz um teatro, narrei uma história e também dançei. Todos os adereços eram feitos por nós com papel crepe, flores feitas com papel vegetal de cor, canetas e tintas com brilhantes e por aí... As festas de carnaval em que ouve uma que foi numa discoteca perto da nossa escola e eu fui mascarada de fada, outra em que fui mascarada de gata de espanhola. Lembro-me de fazer as lembraças de Pascoa e para o dia do Pai da Mae e da Criança. De plantar uma árvore. De achar que a escola estava assombrada e que tinha ratos. Dos desfiles para as marchas populares (o meu par era sempre um ranhoso!). De uma queda que dei que me ia partindo toda. Das brincadeiras dos recreios. De pintar as unhas com canetas de feltro. De uma rapariga que ficou com o dedo agrafada. E de ter levado uma chapada por pensarem que roubei uma borracha (mas juro que nao). E de ter sida apanhada a saltar por uma janela pa ir abrir a porta por dentro. A professora mandou-me escrever cinquenta vezes : saltei pela janela como um ladrao. E eu inda tive a parvoeira de escrever e fazer um desenho a ilustrar. Tinha uma amiga que tinha um jeito para o desenho que era qualquer coisa de extraordinário. Um amigo meu deu-me um murro e eu fiquei a sangrar pelo nariz so porque lhe tirei o meu caderno. E o melhor d tudo para uma visita de estudo comprei uns sapatos verdes com uma flor em cor de rosa, que chegaram a casa todos preto (não me perguntem a onde é que fomos). Outra coisa muito importante eram os magusto na eira. Enfim só boas recordaçoes e as minhas partes favoritas eras as decoraçoes que nós tinhamos de fazer para cada ocasião. Materia que é bom nada.
E neste tempo também tinha natação. Era ás terças e quintas na hora do ATL, uma carrinha vinha-nos buscar e trazer. E tinha uma toca de licra roxa e branca e um fato de banho cor de tijolo. E ouve uma vez que fiquei fechada nos balnearios mais uma amiga minha.
Como já disse, anteriormente, também frequentei a catequesa. Chumbei no segundo ano por faltas. Detestava a mulher que me dava catequese. E retomei um anos mais tarde com outra catequista essa sim uma porreira. (mas também nao levei a catequese ate ao fim, no sexto ano desisti). Mas lembro-me da minha primeira comunhao que levei o vestido que levei no casamento da minha madrinha. E para varaiar era branco. Nesse dia ouve um grande almoço em minha casa e recebi uma flauta. Mais tarde fiz outra coisa relacionada coma igreja levava um vestido beje comprido, a minha mae fez-me o penteado e também ouve um almoço, nao aqui em casa, mas num restaurante. O meu irmão nunca frequentou a catequese.
Acabei o quarto ano de escolaridade. Ouve uma grande fetsa lá na escola. A minha tia dez-me um vestido de noiva em papele minha maiga levava um vestido de princesa também em papel e nós as dua destribuimos rosas com uma fita que tinha um poema escrito, a cada funcionario a cada professor exitente naquela escola. E no final cantamos a música ' a hora do adeus'.
Neste verão tive uma situaçao, particulermente, desagradavel o meu avo pôs-me a mim e ao meu irmão fora de casa. A razao disso era que eu e o meu irmao queramos ir para casa de uma tia e ele achava que o nosso lugar era trancados dentro de casa. Fomos pa casa da minha tia e quando lá cheguei desatei a chorar. Passou-se! Depois fui de ferias para a praia e uando regressei ia começar uma nova etapa da minha vida numa escola nova.
Bem por hoje vou ficar por aqui, brevemente continuarei a contar a minha história.

Atenciosamente
ME

5 comentários:

Anónimo disse...

Owee ^^
Miga ao ler estas tuas memórias vieram-m tantas recordações à cabeça =) passei alguns desses momentos contigo ^^ lembro-m das festas de Carnaval, dos magustos, da escola que estava "assombrada" xD, dos casamentos... tempos estes que foram muito bons, em que tudo parecia tao facil!
Vau ficar à espera pa ler a Parte II da tua vida =)
Bjinhu *

Anónimo disse...

Oieeee .. adoreii sua historia de vida ...muito legal ....
quando puder comenta la no meu ...
beijos.....

Unknown disse...

dá para ver que, enfim, você começou a escrever... e quando sai a outra parte de sua história?

um braço Me,

Unknown disse...

respondendo o seu comentário no experimentando versos: sim não só pensei em escrever um livro, como a exatos um ano atrás (em janeiro de 2007) escrevi o meu primeiro livro. Porém,eu não voltei a revisá-lo e hoje acredito que não ´publicaria o texto como está. Se você quer saber, em fevereiro (de férias) vou dedicar o mês inteirinho para escrever o meu novo livro. Sucesso? não sei ME, até agora só tenho recebido elogios e alguns prêmios, mas isso é muito relativo. me sinto feliz pelas amizades que vou fazendo por causa do blog e em saber que as pessoas tem lido e se identificado com os textos.

Unknown disse...

havia me esquecido... você já se tornou uma visitante ilustre (especial) do experimentando versos, mas ainda não sei o seu nome. VocÊ não se chama "Me" (ou se chama...)? se não quiser responder ao meu comentário incherido no blog é só me mandar um e-mail. ok?

um abraço, JR