Foi numas férias que eu andava num ATL que um dia me perdi. Atrasei-me (eu atrasada uhmm, nao devia ser eu!) e perdi o grupo dos meninos. Ainda por cima naquele dia era para ir fazer um piquenic no pinhal. Lá vou eu estrada acima até ao pinhal e nao vejo ninguem. Desato a chorar e a gritar pelo nome da monitora, para que me viessem buscar. Já quando estava a desistir aparece a monitora que me abraça e me dá palavras de conforto.
Nessas férias, foi para a praia como de costume, e lembro-me que ouve uma noite, em que eu estava a usar o meu pijama do manda-chuva (lembram-se do boneco?) e vi umas luzes na praia. Perguntei ao meu pai o que era e ele disse para eu me calçar que iamos ver. O meu pai levou-me á praia e eu sentei-me na areia á beira mar(estava maré baixa). Quando dei por mim estava toda mulhada. Veio uma onda e eu não saí a tempo. A minha mae fartou-se de ralhar com o meu pai. Outra recordaçao que eu tenho das minhas férias é que iamos para a praia sempre na mesma altura do ano e para a mesma casa. Nessa casa haviam dois pares de gémeos. Uns mais velhos que eu e outros da idade so meu irmao. Fartávamo-nos de brincar e aaté iamos para a praia juntos. Adorava quando a minha mae levava vianas com tulicreme de chocolate, para a merenda da tarde. Tinha uma toalha azul com a minie vestida de cor-de-rosa e levava sempre o meu saco, gigantesco, de brinquedos. Dentro desse saco havia um moinho grande, muitas forminhas, peneiras, pás, ansinhos...
O regresso a casa significava sempre que as aulas iam começar. Neste ano iniciei a minha vida escolar no básico. Numa escola perto de casa. Quando a minha mae chegou a casa e me disse que nenhuma das minhas melhores amigas tinha ficado na minha turma, chorei horas a fino.
Como era obvio, nao queria ir ao primeiro dia de aulas porque nao havia ninguem conhecido. A minha mae lá me convenceu. Levei por arrasto o meu pai. Usa um vestido amarelo com pintinhas pretas, uma meia branca com renda e um sapato azul escuro com uma fivela (que imagem mais pirosa...que horror!). O meu cabelo faz-me, hoje em dia, lembras as damas dos anos 20 (nao sei se conseguem imaginar).
Entrei na sala de aula e sentaram-nos por ordem alfabética. Fiquei ao lado de um rapaz chamado rui que já era meu conhecido. Lá á frente avistei outra rapariga que conhecia e fiquei muito feliz. Pelo menos já era alguém conhecido.
Detestei a minha turma. Era só gente mais velha e grande, pareciam gigantes, e eu com o meu metro e trinta e cinco, pele branca a dar um ar de fragil, não combinava nada bem ali no meio daquela gente.
O primeiro dia passou e eu disse que não queria voltar mais porque nao me sentia bem e estava longe de imaginar o que me esperava dali para a frente.
No dia seguinte numa aula de portugues, que por sinal a professora tambem era d directora de turma, fez-nos uma pergunta. Se nos aparecesse uma fada á frente o que é que nós lhe pediamos. Ora bem, todos pediam paz, amor, saude, coisas boas para este mundo. Quando chegou a vez da minha pessoa o que é que eu fui pedir?? As roupas da princesa Diana. (vocês acham isto normal?!?! eu também não). Ouve uma vez que tirei negaiva a matemática, e como nunca tinha tirado nenhuma negativa fiquei apavorada. Só me lembro da minha mae me colocar debaixo do chuveiro de agua fria porque eu estava estérica. a partir daqui passei a ter semore explicaçoes de matemática. A explicadora era uma amiga de tempos. E ela morava na zona daquela rapariga da minha turma que conhecia. Entao nos dia que eu tinha explicação essa amiga vinha para minha casa e passavmos tardes no corte e costura (afinal ja é antigo).Neste mesmo dia cometi outra asneira. Li mal o horário. Então antes de ir para a aula de educação física fui para a fila do almoço. A fila era enorme e eu estava esfomeada. Quando estava mesmo, mesmo a pegar no tabuleiro aparece uma funcionária á minha procura e leva-me para aula. Fiquei tao frustrada! Neste ano, por ser a melhor aluna a uma disciplina qualquer foi eleita para ir á Expo 98. Tanto sonhei por causa desta viagem. Sonhei que iamos ficar hospedadas num hotel com direito a tudo, mas afinal a viagem era de ida e volta no mesmo dia. Mas foi lindo! poder ver aqueles pavilhoes todos, enfim...nao ha palavras. No ano a seguir por ser melhor aluna a Educação Fisica fui ao Jamor. Nesta viagem em vez de ir para o balneário das raparigas, fui para o balneário dos rapazes. Ups! O pior foi quando o segurança viu um grupo de raparigas a sair do balneário errado e nos deu cá um raspanete. (nem quero pensar!)
As recordaçoes que eu tenho de estes três primeiros anos nao sao muito famosas. Tinha uns terrores na minha turma que abusavam de mim. Maltratavam-me! Batiam-me! Gozavam comigo! E por aí.
Foram inumeras as vezes que eu foi ao conselho executivo, que me queixei aos meus pais, mas nada. Continuava tudo na mesma.
Entao ouve uma prima minha, que eu tanto adoro, que é uma espécie de irmã mais velha, e desafiou-me a ir para o judo. Entao lá ia eu todos os sábados á tarde para os treinos. Era tudo muito fixe, até cheguei a ser cinturão lanranja e ainda ganhei algumas medalhas de terceiro e segundo lugar e vários diplomas. (em primeiro lugar eu nunca fiquei) Mas ouve um belo dia, dois anos ou três, após ter iniciado a minha vida desportiva, que aconteceu uma coisa que me fez desistir. Eu nao tinha cuidado nenhum com a alimentação, comia porcarias (aquelas almofadas com creme, as ferraduras, os paes com tulicreme e afins) e o meu peso era superior ao que deveria ter para a minha idade e tamanho. No dia do meu último combate poseram-nos por pesos. Ou sejal, eu fiquei com uns monstros muito maiores que eu. Em combate uma dessas monstriusidades caiu-me em cima e deslocou-me um dedo. Eu feita parva ainda fiz os combates a seguir e não fiquei nada bem de saúde.
Foi para as urgência e aqui voltei a dar mais uma barraca. O medico pediu-me uma radiografia do meu dedo e quando me foi pôr a tala pediu-me a mao contraria para tirar a medida da tala. E eu simplesmente lhe digo que nao é aqula mao é a outra. E ele volta a pegar na mao contraria. Eu tiro a mao e digo-lhe que é a outra. Ao fim de umas três vezes ele diz que só quer tirar a medida e se eu não estou quieta ele magoa-me. (também era burro, podia ter-me dito logo da primeira vez para eu perceber, agora só á treceira?!?) E foi assim que desisti do judo. Mas sempre que eles iam á nossa escola, como o treinador me conhecia, fazia de mim cobaia.
Foi, neste três anos, que tive uma especie de namorado. A nossa história é tao curta. Eu gostava dele e ele de mim. Eu pedi-o em namoro e ele aceitou e eu disse-lhe que ia pensar (tao burra que eu saí). Nas horas de almoço costumávamos ir para a sala de Educação Tecnológica ouvir musica e dançar. Foi aí que ele me pediu um beijo e estragou o esquema todo. Como eu pensava que os beijinhos faziam mal inventei uma desculpa para nao ter de o beijar. Nasciam-me borbulhas se eu desses beijos daquele tipo. (consegui enganá-lo, pobre rapaz!)
As outras pestes continuavam a aturmentarem-me o juizo. E até ouve um dia numa aula de musica que um daqueles terroristas ameaçaram mandar uma cadeira á prfessora.
Já no sétimo anos de escolaridade eles sumiram-se. E tive esperança de ter um pouco de paz.
Nunac tive muito jeito para as artes e numa aula de visual, fiz em esboço para um trabalho em barro. O meu esboço era uma maçã, mas tanta volta dei áquilo, que saíu um boneco de neve. E mais uma vez na aula de música a minha professora elugiou-me por ter sido a última a tocar uma música na flauta do principio ao fim que e me pôs a cantar musicas de Natal no final do periodo (eu a cantar?!? conseguem imaginar?!?).
No final do ano lectivo, acabei por ir tocar na minha flauta, a musica: ' o meu chapéu tem três bicos'. Levava uma calças verdes, com uma camisola e uns sapatos amarelo sumido e uma fita, também verde, com um enorme laçarote.
Nestes anos aqui tive umas experiências dentárias horriveis. Tive de arrancar um dente e a anestesia nao me fez efeito entao senti quase tudo. Um trauma!
No sétimo ano de escolaridade, dediquei-me á dança que desde sempre fora a minha grande paixao. Fiz dois espétaculos no GV, uma coisa em grande. Centenas de pessoas, com direito a camarim, fatos lindos. Senti-me como uma rainha. Foram dois anos seguidos com a dança mas acabei or deixar um sonho para trás. Foi também neste ano que dei o meu primeiro beijo. Correu horrivelmente mal e a única memória que tenho é de ter sido gozada. Mas também foi só o primeiro, os outros acho que nao correrem tao mal. Mas azar dos azares, naõ é que fiquei mesmo com borbulhas horriveis no lábio, e tive de andar pintada com iosina para secar as borbulhas. Ainda mais gozada fui.
Entretanto este rapaz trocou-me por outra. Mais alta, mais magra, mais loura, mais mamalhoda (desculpem a expressao mas é assim mesmo) - uma oferecida. Mas ouve um rapaz, que estava na minha turma pela primeira vez que me apoiou nessa altura e depois, dada á fraquesa da altura, acabámos por aproximar-nos demais.
Penso que foi no verao desse ano que ´tive uma experiencia muito louca. Fui acampar com a minha prima favorita e ouve uma noite que deu em trovejar. Os meus primos levaram-me a ver a trovoada sobre o mar (lindo!!!). Apesar do espétaculo a coisa começou-se a complicar e a ficar perigosa, então decidimos voltar para o parque de campismo. A trovoada parece ter-nos seguido até lá e foi a noite toda, mas toda a trovejar. O meu primo ate destapou a janela que exite por cima na reloute, para vermos melhor os raios. Os meus pais ao outro dia chegaram para dármos ínicio ás nossas férias e eu já sabia, eram estes quinze dia e depois aulas.
As minhas férias não tem grande coisa de interessante para contar. Passava os dias em casa a dançar, ver filmes, brincar. Só um dia por outro é que ia a casa da minha avo materna ou tios.
Na familia a única coisa que eu me lembro é que nasceram uma carragada de crianças, que estao hoje enormes.
Mais aulas. O meu oitavo ano, o ano que eu achei mais dificil. Mas, nem cheguei a contar, neste anos que foram passando, como é obvio, fiz amizades com outras pessoas que me eram totalmente estranhas. Lembram-se do rui? Pois é, sumiu do mapa e nunca mais ninguem ouvio falar dele.
Depois havia sempre aquela parte gira dos aniversários. Onde nós iamós para casa dos nossos colegas e só faziamos desparates. Mas poucas recoradaçoes tenho de aniversários em casa de colegas.
Bem o oitavo também se passou, lá com umas complicaçoes pelo meio, mas nada de grave. Fui novamente trocada por uma loura (eu e as louras...), estraguei um telemovel a uma colega minha, viciei-me no mirc (coisa perigosa).
Agora o nono ano, esse sim foi um daqueles anos para esquecer mas ao mesmo tempo recordar. Ao mesmo tempo que comecei o nono ano, comecei um curso de computadores ao sábado á tarde (os meus ricos sábados á tarde). Passava o tempo todo no mirc com uma amiga. E rara as vezes que fazia o que professora mandava. Os teste era sempre a copiar (não devia dizer isto, pois não?)
Na primeira semana de aulas, já quando tava a turma toda reunida na sala, entram-me dois rapazes por ali a dentro. Um deles senta-se atrás de mim e porque qualquer motivo fala para mim. Eu viro-me para trás e grito com ele: mas eu conheço-te de algum lado para estares a falar para mim?? Nem preciso de dizer que o rapaz ficou a pensar maravilhas a meu respeito.
Passado um tempo até que nos começámos a dar melhor. E eu comecei a gostar dele.
No meu 14º aniversário os meus amigos levaram os iogurtes do almoço para o recreio e despejaram-me os iogurtes na cabeça. (escusado será dizer que nojo!! tomei três banhos e aquele cheiro não me saía de cima). Neste aniversário lembro-me de uma amiga vir dormir a minha casa e ao outro dia ter-me ajudado a preparar a festinha. Mas já não me recordo muito bem do que aconteceu. Foi por esta altura que me decidi a pôr aparelho fixo nos dentes. A minha sempre me disse que se eu nao arranjasse os dentes nunca arranjaria namorado (mãe arranjei os dentes vai fazer 5 anos e ainda nao tenho namorado). E por causa do aparelho também tenho uma história engraçada. Esse rapaz, que havia chegado fora do tempo á turma beijou-me. Mas depois foi perguntar a um amigo se tinha ficado com a marca do aparelho nos dentes. (quando soube só me apeteceu apertar-lhe o pescoço). Por esta altura, o meu pai teve uma trombose numa perna. Dentro do mal, até que as coisas, felizmente, estão bem. No nono ano como eramos finalistas, precisavamos de angariar dinheiro para podermos fazer uma viagem de finalistas. A angariação de fundos já tinha começado no ano anterior mas ainda não chegava. Entao no ano em que eramos finalistas, pedimos ao conselho executivo para ficarmos responsáveis pelas festas que, por norma, a escola é que organizava. Na altura do Natal fizemos uma feira. Com rifas, uma tenda de ciganas para lerem o futuro, uma barraquinha da comida (onde eu estava), um cinema com direito a pipocas e tudo, e vários jogos didacticos. Lá conseguimos algum dinheiro, apesar de nao ser muito. Mas lembro-me de ter trabalhado muito nas minhas horas de almoço a fazer colares, pulseiras e brincos para se poder vender.
Já não sei em que ano foi, mas parti um vaso na escola com uma flor lá dentro. Entao mandei a flor para o lixo e fui ao executivo acusar-me de ter partido um vaso. O presidente perguntou-me se o vaso tinha alguma coisa dentro e eu respondi : só terra. (um bocado mau, coitada da flor que não tinha culpa) E também ouve um ano que a minha professora de moral me obrigou a cantar uma musica das Meninas porque ralatava um tema de pobreza (porque a mim?)
Quando voltamos das férias de Natal o meu amigo que me beijou tornou-se um cadinho parvo para comigo. Como já nao estava a gostar nada da brincadeira despacheio. Passavamos a vida a discutir e a 'magoar-nos' um ao outro. Por isso deixei de falar para ele.
Ouve um dia que estávamos na sala dos alunos a jogar ping-pong e os rapazes fazem uma aposta estúpida. Lembram-se do rapazes do primeiro beijo. Entao era ele contra este meu amigo recente. E, se o meu amigo ganhasse dava-me um beijo de treguas. Só queria um buraco para me enfiar. Ficou tudo a olhar para mim com ar de parvo como se eu fosse um trofeu. Desatei a chorar e saí dali a correr.
Novos dias vieram e a neura passou. Organizamos o baile de carnaval e, na pascoa nao me lembro se fizemos alguma coisa.
O tempo foi passando e eu lá dei uma nova oprtunidade ao rapaz.
Txiii já me ia esquecendo de um acontecimento deste ano. Tinha um professor de goegrafia que logo no primeiro dia de aulas me mandou um recado para casa a dizer que eu nao tinha estudado (como é que eu podia ter estudado, era o primeiro dia de aulas). Ganhei um pó tão grande ao homem que até tinha medo de ir para as aulas dele. A minha mae chegou-me mesmo a pôr numa psicologa, porque eu nao andava nada bem, tamanha era a raiva que eu tinha ao senhor. Ainda por cima ele passava as aulas a mandar piropos ás raparigas e a fazer insinuaçoes. Bem, só sei que no inicio do terceiro periodo não tinhamos professor de goegrafia, porque ele tinha falecido com o AVC. Mais traumatizada fiquei, porque quando contei á minha mae a primeira coisa que ela disse foi: tu matas-te o homem. Fiquei em choque!
Outra peripéssia que me acontceu foi quando os meus amigos decidiram sair da escola para ir para o rio tomar banho. Eu telefonei á minha mae a perguntar se também podia ir. Olhem a minha mae teve um ataque de furia, telefonou para a escola a perguntar se não havia responsáveis pelas crianças, e como é que elas podiam sair assim da escola. Eu fiquei num estado de pânico. Só pensava os meus amigos vao odiar-me para o resto da vida. Quando eles chegam eu agarro-me a chorar ao namorado da minha melhor amiga. Ela furiosa agarra em mim e da-me um descasca (nao sei se estsva mais furiosa por eu estar a chorar agarrada ao namorado se por ter deixado que aquela situação, lamentável acontecesse). Eles foram uns porreiros e disseram logo que eu nao tinha culpa de nada. Quando cheguei a casa chorava a minhamae agarrada a mim porque arrependeu-se do que tinha feito. Disse-me ela: pôs-me no teu lugar e vi logo que os teus colegas podiam nao ser tao compreensiveis.
As horas de almoço eram o melhor. Reuniamo-nos atras dos balneiarios e jogávamos ao bate pé e veraade e consequência. (nem sempre as coisas corriam bem) Mas também nao faziamos só isso. Ouve uma vez que aproveitamos a hora do almoço para treinar futebol, porque ia haver um campeonato feminino, e as raparigas da turma inscreveram-se (nao me lembro se ganhámos o campeonato). E também ouve umas situaçoes engraçadas nas horas de almoço. Uma vez estava sentada com um colega meu e estavámos a conversar. Ele deixou cair os óculos e eu nao minha boa vontade tentei apanha-los. O problema foi que quando eu os tentei apanhar caí para trás, a minha saia desceu e eu fiquei ali naquela posiçao horrorosa. Mas o que vale é que ninguem viu. Mas de outra vez foi pior. Eu tenho um panico enorme de abelhas (fui picada por um enxame, fiquei mais inchada que um tomate). E fiquei com a impressão de que uma tinha entrado para dentro das minhas calças e comecei a despir-me no meio do campo de futebol (do pior mesmo!) A minha sorte foi que as minhas amigas agarraram-me a tempo. Outa vez, na hora de almoço estavamos todos juntos a conversar e eu deixei cair dinheiro. Ao baixar-me para apanhar esse dinheiro bati com o meu rabo contra um colega meu e mandei-o contra a maquina dos sumos (ups!!).
Entretanto, haviam dois rapazes de turmas diferentes, que nao me paravam de melgar. Já andava um bocado farta. Um despacheio rapido com dois berros. O outro era mais lerdo e nao foi assim tao facil. Numa viagem que fizemos para ver uma barragem, eu estava sossegada no meu canto, dentro da camioneta, e ele sentasse ao meu lado e pergunta-me se estou a admirar as nuvens. E eu respondi que não, que estva simplesmente a pensar (acho que me tinha chateado com umas amigas). Então ele pôs-se a admirar as nuvens e virava-se para mim e dizia: olha aquela parece um coelho e aquela ali um porco e mais nao sei o quê (a minha cabeça começou a fervelhar, ele praticamente montou um jardim zoologico inteiro). Qual foi a minha salvaçao e ele nunca mais me chateou. O meu amigo (aquele que me asucrinava a vida) disse que era meu namorado e que nao queria aquelas confianças todas. A partir daí ja não me chateou mais.
Acabou-se o ano lectivo e lá fomos nós para a nossa viagem de finalistas. Destino Castelo Branco, parque de campismo municipal. A viagem durou três dias. Mas foram três dias que jamais sairaõ da minha memória.
A tenda era de uma amiga minha. Nessa tenda fiquei eu e mais duas amigas.
Montamos as tendas todas juntas umas das outras para que podéssemos trocar paleio durante a noite.
Eu levava um saco enorme cheio de roupas e calçado e com as toalhas e aquelas coisas que nós raparigas precisamos. E levava um geleira com comida, os pequenos almoçoes e o almoço daquele dia (porcaria ou não aquele almoço durou-me para os três dias). Eu andava sempre mergulhada dentro da agua das piscina e só queria aquilo e aquilo mesmo. Acho que até me esquecia de comer.
Na primeira noite apanhei a minha primeira bebedeira. Os rapazes bebiam e eu provava aquilo que eles bebiam. Uma experiencia que nao correu muito bem porque fiquei mal disposta. Nessa noite fiz uma figura muito triste. Pôs-me de pé em cima de uma geleira a cantar o hino nacional. E depois deu-me na cabeça de ir dar uma volta a pé pelo parque de campismo, em plena noite. Felizmente, uma amiga sobria decidiu-me acompanhar. Mas eu no meu estado de alegria só me apetecia cantar. Então cantei vezes sem conta o atirei o pau ao gato e o sebastião come tudo, tudo, tudo. E parecia que me tinham metido pilhas porque eu nao me calava um segundo. Tanto que, quando cheguei á tenda para me deitar, continuava nas minhas cantorias e apareceu o guarda do parque. Pois é! Entao eu calei-me que nem uma ratita e ele apontava o foco de luz pa dentro da tenda e só perguntava pelo nosso responsável. E eu la dentro com uma vontade de me rir, e as minhas colegas a taparem-me a boca. O homem lá se foi embora e nunca mais ninguem o viu, nem memso, na noite seguinte.
Noite passada, veio o segundo dia. Fomos dar uma volta a pé pelas redondesas. Chegamos a uma ponte, andámos lá a tirar fotografias e tal e depois regressamos. Mas ouve umas pessoas que se armaram em espertas e decidiram ir mais uns professores para além da ponte. não fizemos caso disso durante algum tempo. Mas eu andava na piscina e só perguntava pela minha companheira de quarto e ninguem sabia dela. Já passado a hora de almoço quase a chegar a hora do lanche lá aparece aquele grupo de jovens aventureiros. Segundo o que eles contam, perderam-se e nunca mais conseguiram dar com o caminho de volta. A sorte deles foi uns pescadores que andavam na redondeza e lhes indicaram a saída. Na ultima noite andei muito bem comportada. O meu tal amigo apanhou um escaldao e eu ofereci-me para o ajudar. Fomos buscar gelo para refrescar as costas e eu fiz-lhe uma massagem. Aparece lá uma amiga minha e gritou-me: eu nao quero aí esse gajo. E eu, pronto, acabou-se a massagem. Foi ter com outra amiga e fomos para os baloiços. Tivemos horas a falar (eu falava ela ouvia) sobre tudo o que se passou durante estea cinco e longos anos.
Voltámos para a tenda desejosas de dormir e a nossa outra amiga começou a contar: um pierrot pim, dois pierrots pim pim, três pierrots pim pim pim (não é normal). Eu saco da minha mala de toilet e pimba ponho algodao nos ouvidos, nao fez grande efeito mas deu pa ter uma noite descançada. Nessa noite soltaram-nos a capa da tenda e desmontaram uma tenda a uns amigos nossos. E quem dormiu ao relento acordou cheio de pasta de dentes.
Lá chegamos nós ao fim da nossa tao esperada viagem, que até que correu muito bem.
Quando chegámos á nossa escola, sabiamos que ali, possivelmente, seria a última vez que viriamos alguns dos nossos colegas (e é verdade, á gente que eu nunca mais vi na vida, mas para falar a verdade, não me fazem falta nehuma).
Chatiei-me com algumas colegas, até mesmo a minha melhor amiga, pois revelaram-se de uma maneira que nao gostei. Pessoas em quem eu confiava, afinal nao eram tao certinahs como eu pensava que eram.
Sairam as notas e ... Passei! Ia, finalmente, sair daquela escola. Senti-me grande naquele momento.
Mas veio a pior parte ter de escolher qual a área que eu queria seguir. Um dia cheguei a casa e disse para os meus pais: quero ser professora de matemática ou de ciências (mas já me tinha passado historia e geografia pela cabeça).
Preenchi os papeis para a nova escola que queria ir. Com as opçoes todas por ordem de preferencia. E, qual o meu espanto, foi aceite na escola que pôs em primeiro lugar.
E agora vinham as férias. Á pouco esqueci-me de dizer que mudei de praia. Passei a ir para o sul do país.
E, neste ano nao foi excepção. No mês de agosto fui para a praia que costumava a ir. Até lá encontrei o meu amigo. Estava a passar férias com os pais. Então passei a estar na praia com ele, a sair á noite com ele para passear ... (é por isso que hoje ainda somos amigos). Depois em Setembro fui com os meus pais, e mais uns tantos amigos, para o sul do país. Adorei conhecer aquilo. Ouve um dia que fomos a Espanha de barco e eu quando cheguei ao outro lado parecia uma bebada. Fiquei tao zonza que nao conseguia andar direito. E acabei por ter de me encostar a uma porta que lá havia e mais tarde acabei por me sentar. (tava mesmo mal) Lá em Espanha eu e o meu primo assaltamos uma loja de doces (na brincadeira), mas entrámos na loja e troxemos tudo o que havia de goluseimas (é mais barato), vinhamos com as mochilas cheias. Voltamos a vir para Portugal de barco, mas desta vez ja não enjoei.
As férias acabaram e eu estava ansiosa por isso, pois ia começar mais uma etapa da minha vida.
Mas vai ficar para uma próxima vez...
Atenciosamente
ME
1 comentário:
Sei k é nesta parte da tua vida ke eu entro, ja tive aki a rir uma vez k gostei de lembrar o k aconteceu nakel ano, e comessamos logo mal como referiste, mas foi um mau comesso engraçado, e sim eu cm 1 vez nao fikei cm mt boa impressão tua lool, mas nada comparado ao k te fix, é verdade k perguntei akilo sobre o aparelho foi um pergunta imbecil e acção imbecil, se gostei de te beijar sem duvida alguma, se fui parvo e estupido após o natal é verdade e mesmo parvo e estupido pelo k fix é um elogio, merecia palavras bem piores, se gostei de ti sim, se me perguntares pk deixei de gostar e te fiz akilo, apenas te poxo dizer ke não há palavras para descrever o kuanto criança era e o kuanto hipocrita k fui e estupido e todos os nomes possiveis. E gostava mesmo do fundo do coração ke as coisas tivessem sido diferentes k na vez de ter feito infeliz te tivesse feito muito feliz. Ke voltei gostar de certa forma de ti (acampamento), férias sim é verdade mesmo k nao tenha sido duradoiro. Podes penxar k o k tive ctg nao teve significado mas teve de certa forma ligou-me a ti de forma k nos tenhamos sempre um passado, passado esse k jamais irei eskecer uma vez k foi dos anos k mais gostei na minha vida e tb tive alguns momentos nao mtx mas suficientes para saber o kuanto significast, tenho noção do mal k te fiz e de o bem k te podeira ter feito e se te tivesso feito bem em vez de mal, provavelmente estariamos bem os dois. Sempre foste uma rapariga k eu considerei cmplicada e ao longo do tempo cada vez mais, e critikei-t mtx vezes por ixo e magoava-te, e nunca me apercebi k o k te distinguia das outras era mesmo a tua maneira de ser e essa maneira de ser podendo talve nao ser a mais correcta tem de ser respeitada, pk eu tb tenho um feitio e algumas coisas k nao gostas e no entanto nunca me criticas-te ou magoast. Sinto mesmo mesmo mt por todo o mal k te fiz e k nunca me aprecebi do kuanto ixto foi importante para ti, fui horrivel e mesmo k me digas "deixa lá, ixo é passado" jamais te eskecerás e eu não me conssigo perdoar pelo k fiz, é passado mas será sempre algo de mau k tu sentis-te. Foste mesmo mt importante para mim e momentos k me vou recordar para sempre, momentos k inda hoje me recordo cm se foxe ontem, momentos como o teu aniversário k significou mt para mim, nomeadamente o meu 1 beijo numa noite de lua cheia no teu jardim, jamais será eskecido ao longo dos anos. O teu blog ta muito giro e fiko muito feliz por teres a capacidade de te recordares de tanta coisa e compores uma redação mediamente bem composta. Tiveste sempre muito valor para mim mas eu nunca tive a capacidade de perceber k esse valor era mais grandioso do k eu penxava, e vou dar-te cada vez mais valor a ti fikando sempre na memoria do mal k fui para ti. Apercebi-me k na minha opinião o k faz de ti expecial é a forma como és o teu feitio as tuas ideias, k embora para mim nao pareção as mais elucidativas, no fundo sao engrançadas e de certa forma aplicáveis nos contextos, as tuas formas malucas são giras e eu apenas as soube criticar bem cm os teus habitos. Ao longo do tempo e mesmo agora tive cada vez mais receio de falar ctg não sei pk mas axo k eu percebi a menssagem k me kizest transmitir, k foi de certa forma vingança, talvez seja uma palavra feia mas penso k é +/- ixo, mas resultou pk tenho uma certa dificuldade agora de falar ctg tendo medo k me confrontes cm alguam realidade ou cm uma verdade. Kero k sejas feliz, seriu k tenhas tudo de melhor e k continues a ser uma rapariga maravilhosa cm és, e eu vou ser o amigo k talvez nunca tenha sido mas espero ke um dia esteje para ti kuando mais precisares e te ajude no k puder pk sei k o farias por mim, dxcp por tudo. Beijinhos grandes e boa sorte pa tudo e parabens pela redação ta bastante original bem como o blog ;)*****
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